sábado, 31 de janeiro de 2009

O Metaleiro e o metal....

Video feito por mim... Istupido... que mais á a dizer vejam. O melhor disto tudo é a musica ao fim por isso esqueçam o resto do filme esperem só pela musica.( mas se tiverem tempo vejam tudo) (ou só uma parte.... nao sei!)

sábado, 17 de janeiro de 2009

eu nao sou Benfiquista!! (SÓ UM BOCADINHO)

Eu não sou benfiquista juro.!!
ou Vá lá sou um bocadinho.!!! Ná leiam este texto do Grande Ricardo Araujo Pereira. deixem os clubismos delaado.(clubismos?? onde é que eu fui buscar esta!) :

“Por muito que isso possa surpreendê-lo, o leitor tem nas mãos um livro de filosofia. A principal questão que este volume levanta é filosófica: será possível adiantar razões para explicar um fenómeno irracional? Que razões podem servir para aclarar um problema que escapa ao entendimento da razão? Vê como se trata de filosofia? A prova é que ainda agora começámos a pensar nisto e eu já estou com dores de cabeça.
Quando era pequeno, eu era do Benfica porque o meu primo António me convenceu de que o Benfica era o maior. Sem querer tirar mérito ao meu primo António, não é difícil convencer alguém disso. Só muito mais tarde eu soube que havia razões importantes para se ser do Benfica. Por exemplo, nos estatutos, Cosme Damião e os outros fundadores haviam escrito que o símbolo era a águia por representar a elevação de princípios, e que o equipamento seria vermelho e branco por serem cores que transmitiam vivacidade e alegria. Alegria, diz ai. “A alegria é mais profunda do que a dor”, disse um adepto do Fluminense chamado Nelson Rodrigues, quando já era velho. Os rapazes que fundaram o Benfica tinham 18 anos e já o sabiam. Sim, o clube a que eu pertenço tem a alegria nos estatutos. É uma revelação importante sobre a minha personalidade, e confesso ter sentido muito orgulho quando fiz a descoberta, até porque, de então até hoje, nunca mais encontrei nada de igualmente relevante em mim mesmo. Ser benfiquista continua a ser a minha melhor qualidade.
No entanto, como sucede com todas as virtudes, o caminho para o benfiquismo é duro. Eu digo-vos qual é o principal problema de ser do Benfica: é difícil ser grande. Dá muito trabalho ser um colosso. Um gigante está sempre tramado: se ganha, é um acaso normal a que ninguém liga; se perde, é uma catástrofe que todos assinalam. O leitor lembra-se da história de David e Golias? Vá lá buscar a Bíblia, que eu espero. Veja aí, no Livro de Samuel, se eu não tenho razão para simpatizar mais com o gigante do que como pastor. Golias era um gigante fabuloso, imbatível. Ganhou, de certeza, inúmeros combates antes do que aí vem descrito. Que se saiba, só perdeu um. Pois é exactamente esse que vai para o maior best-seller de todos os tempos. Azar, não? Hoje percebemos que a luta era desigual e injusta para Golias. O maior adversário era o dele. Golias lutava contra o seu próprio medo (que, por ser o medo de um gigante, é igualmente gigante) e contra a História. David combatia apenas um simples gigante.
Com o Benfica sucede o mesmo. Em qualquer jogo, o Glorioso disputa mais do que uma partida de futebol: luta contra a memória, contra o futuro, contra a própria Derrota, com “D” grande – e contra onze sacanas vestidos de outra cor, que isto não pode ser só poesia. Quem é mais forte? Toda a História ou um pobre gigante indefeso? Eu, como tendo a ficar do lado dos mais fracos, nestes casos torço sempre pelo gigante. Para mim, ser do Benfica é um imperativo ético.”



Ricardo Araújo Pereira, in 365 RAZÕES PARA SER BENFIQUISTA, PREFÁCIO.